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minha gata não insista, Disneylândias não vão te levar pro céu

Somos contos contando contos, nada. - Fernando Pessoa 

domingo, março 30, 2008

04:40 -

Sou um trabalhador de escritório que escreve contos sobre trabalhadores de escritório que largam o trabalho enfadonho e se mandam nas mais loucas aventuras. Exponho em meus textos tudo aquilo que, de alguma maneira, tenho vontade de fazer, mas me falta coragem. Eu nunca quis trabalhar em um escritório, e eu não trabalho em um, eu não trabalho em lugar nenhum. A parte isso, sonho o pesadelo de ser um trabalhador de escritório, em uma atmosfera kafkiana, inescapável e eternamente sufocante. Quem sabe assim, reduzindo minha existência a um personagem inseto de valor duvidoso, e revoltando ele contra o sistema anti-revolucionário (na verdade aRevolucionário), crio um novo brilho em minha própria existência, nem tão ruim, nem tão excitante.

Larguei o emprego de trabalhador de escritório de fritar hambúrgueres num fast-food pirata comprei um carro velho e fui desbravar os vilarejos mais distantes da américa latina. Aluguei uma casinha na praia e botei meu laptop de frente pro Pacífico. Com serenidade no coração, pude enfim escrever sossegado sobre o esmagamento do individuo pela civilização contemporânea.

Como escrever esses contos de merda não dá mais dinheiro (a menos que você dê, ou coma, a bunda de algum figurão da mídia), tive que virar ajudante de pescador, pra poder continuar alugando a casinha e pagando a energia elétrica pra recarregar esse computador. Mas como nessa época não se pesca quase nada por esses mares, a gente tem que trabalhar dobrado pra ganhar metade do salário. Apesar do ar cristalino que respiro por aqui, nunca deixo de sonhar com um manjar com um hamburger oleoso.

E como nunca fui bom em escrever essas merdas bucólicas, estou pensando seriamente em voltar pra civilização, me lembrar como me sinto enquanto estou sendo esmagado e escrever sempre sobre a mesma coisa.

A filha do pescador tem 19 anos, uma bunda impecável e um sorriso que nunca para de me chamar. Não da pra escrever, nem pra admirar o sol ou o mar, enquanto ela põe a roupa no varal com o traseiro empinado. Apesar da grande vontade (aparentemente mútua), tenho um vago medo de ser linchado ou castrado se comer essa delícia. No fim, não sou nada além de covarde.

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pedro s.
sexta-feira, março 07, 2008

23:43 - não tenho nada pra dizer

Quero escrever um livro sujo. Sobre pessoas feias que chafurdam nos restos da sociedade procurando um motivo barato para continuar existindo.
Histórias escrotas me interessam, quero chocar pelo escatológico. Não precisa de inteligência para falar merda. Mas eu quero merda consistente.
Quero que tu sinta, abra o livro entre as pernas e sinta a bosta escorrendo. Quero que tu sorria e enxergue teus próprios motivos ralos pra continuar respirando.
Roubando o Oxigênio dos gênios, se é que ainda existe algum por aqui. Todos devem estar trabalhando em universidades norte-americanas, procurando uma maneira
de não respirar o mesmo ar que a gente, pra não se contaminar com essa porra toda que escorre dos nossos poros. Teu mijo é a parte mais limpa de ti.
Deito na cama e não consigo dormir porque todas as existências vazias e deprimentes me atormentam. Não se engane, assim como você eu também sou podre.
Escrevo para ter meu próprio motivo barato pra continuar existindo. Quebrar a rotina massacrante dessa vidinha besta que eu e tu levamos. Ninguém se salva.
Mas não quero iludir ninguém, não trago grandes verdades nem pequenas epifanias. Trago e vos entrego essa bosta fresca e nada mais.

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pedro s.

Pedro S. S. 2005 > 2009 Creative Commons License
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