Toda manhã, de sol ou não, Indiferença me acorda com lambidas na cara.
Amor come sua porção de ração e vai vadiar pela rua.
À noite, chamo-o com cara de filhote sem dono,
Quero afagar o Amor, passar por suas orelhas minha mão
Mas quem vem correndo é Indiferença, babando de alegria.
Teria eu errado a mão ao batizá-los?
Ou seria tudo isso somente mais uma ironia da natureza?
Não sei. Tudo que sei é que tento dormir com Indiferença sobre meus pés, sob os uivos de Amor para a lua.
pedro s.