Após estranhos sonhos, Sebastian acordou metamorfoseado em um fac-similie idêntico a ele próprio. Não conseguia virar, parecia haver um casco pesado de tartaruga em suas costas, ou quem sabe um exoesqueleto derivado de sua nova-ex forma de inseto. Burroughs havia ensinado muitas coisas a ele. E o pobre Sebastião sabia o que devia fazer. Sabia?
Claro que não. Nunca ninguém sabe o que fazer. No máximo, na melhor de todas as hipóteses, Sebastian imaginava saber como proceder. Em breve vivenciaria a perseguição até o trem. Nada mais que uma velha história de um junkie acabado, mas já é uma perseguição e tanto, não? O detevia perseguia o alter-ego de burroughs. Ele, sebastian, perseguiria alguma coisa. Você pode chamar de notícia, se quiser amenizar os fatos.
A realidade é que, ou pelo menos -como sempre- parece ser, o garoto não ia atrás de notícias, ele ficava parado e elas iam até ele. De uma maneira quase meta-física; entretanto, totalmente visível e quanticamente explicável.
Parado no café da esquina, já na hora de fechar, hora dos "maus-elementos" tomarem conta da noite cosmopolita. Depois do quinto café, acendeu o quinto cigarro e levantou-se, deixando um pouco além do necessário para pagar a conta sobre a mesa.
Com uma mão -direita- dentro do bolso segurando relaxadamente a afiada navalha ancestral de sua família e com a outra uma câmera compacta-completa, bom, assim ele saiu. Subiu em direção aos recantos mais escuros e becos mais mijados do centro da cidade. Aqui
Digo, aqui, peço permissão pra uma breve interrupção e alguns esclarecimentos desse que vos narra. Narra uma história que aconteceu, embora ainda não tenha acontecido. Não é prolixidade, não se engane. É o simples fato da história nascer aos poucos, conforme escrevo, simplesmente anotando aqui o que vem a cabeça, algo meio beatnik-free-speech ou seja lá como se chama aquela escola de má (embora ótima) literatura. Continuemos então com o maravilhoso causo, só um de tantos, do estranho e efeminado sebastian o. algo como um metrossexual ao extremo que nasceu séculos antes do termo ser cunhado. Embora a história seja atemporal e. no presente caso, se desenrole mais ou menos nesse tempo contemporâneo.
Então, Sebastian estava subindo, embora não houvesse aclive. ele adentrava então, o fumacento e federento ambiente da noite. Encontrou, finalmente, um mendigo bêbado e torporoso. Acordou-o com alguns chutes - na cabeça - e lançou-se em uma briga de engalfinhamento da qual, em pouco tempo, bastante sangue jorrava. Sebastian ficou com os cabelos empastados de sangue. Sentia-se sujo, não por isso, mas pelo horrível cheiro do ex-moribundo que agora o infectava. Tirou mais de cinquenta fotos do corpo e dos seus rasgos e foi embora.
A redação abriria em algumas horas e ele ainda tinha que tomar um longo e relaxante banho.
Paro novamente aqui, para esclarecer que nosso protagonista não é nenhum sádico, muito menos um total psicótico ou apenas mentalmente desequilibrado. Ele tem alguns esportes diferentes, digamos, uns hobbies excêntricos. O que não quer dizer que ele assassine pessoas toda noite. Longe do glamour de um serial killer, os acontecimentos dessa noite foram apenas um experimento, bastante doloroso e doloso. Sebastian sofrerá pela culpa, mas pretende tirar daí algum proveito.
Para tudo.
O sol entra de maneira irritante pelas frestas da veneziana. Sebastian O. acorda e imediatamente sente uma dor ardente em seus braços, onde se pode ver várias lacerações. A navalha, ensangüentada, jaz a poucos centímetros. É a primeira vez que seus experimentos com enteógenos o levam a auto-multilação, não tem problema, pensa. Tira algumas fotos? desfocadas, escondendo a cara. Talvez possa vender pro jornal sensacionalista e popular, mas pra isso terá de ivnentar alguma boa história. Está sem saco, a viagem anti-colinérgica foi barra-pesada.
Como não tem que trabalhar hoje mesmo, toma um pouco de sua endorfina exógena e passa o dia sonhando, vivendo, live-dreaming, em fim: um merecido descanço após uma noite agitada.
Claro que não. Nunca ninguém sabe o que fazer. No máximo, na melhor de todas as hipóteses, Sebastian imaginava saber como proceder. Em breve vivenciaria a perseguição até o trem. Nada mais que uma velha história de um junkie acabado, mas já é uma perseguição e tanto, não? O detevia perseguia o alter-ego de burroughs. Ele, sebastian, perseguiria alguma coisa. Você pode chamar de notícia, se quiser amenizar os fatos.
A realidade é que, ou pelo menos -como sempre- parece ser, o garoto não ia atrás de notícias, ele ficava parado e elas iam até ele. De uma maneira quase meta-física; entretanto, totalmente visível e quanticamente explicável.
Parado no café da esquina, já na hora de fechar, hora dos "maus-elementos" tomarem conta da noite cosmopolita. Depois do quinto café, acendeu o quinto cigarro e levantou-se, deixando um pouco além do necessário para pagar a conta sobre a mesa.
Com uma mão -direita- dentro do bolso segurando relaxadamente a afiada navalha ancestral de sua família e com a outra uma câmera compacta-completa, bom, assim ele saiu. Subiu em direção aos recantos mais escuros e becos mais mijados do centro da cidade. Aqui
Digo, aqui, peço permissão pra uma breve interrupção e alguns esclarecimentos desse que vos narra. Narra uma história que aconteceu, embora ainda não tenha acontecido. Não é prolixidade, não se engane. É o simples fato da história nascer aos poucos, conforme escrevo, simplesmente anotando aqui o que vem a cabeça, algo meio beatnik-free-speech ou seja lá como se chama aquela escola de má (embora ótima) literatura. Continuemos então com o maravilhoso causo, só um de tantos, do estranho e efeminado sebastian o. algo como um metrossexual ao extremo que nasceu séculos antes do termo ser cunhado. Embora a história seja atemporal e. no presente caso, se desenrole mais ou menos nesse tempo contemporâneo.
Então, Sebastian estava subindo, embora não houvesse aclive. ele adentrava então, o fumacento e federento ambiente da noite. Encontrou, finalmente, um mendigo bêbado e torporoso. Acordou-o com alguns chutes - na cabeça - e lançou-se em uma briga de engalfinhamento da qual, em pouco tempo, bastante sangue jorrava. Sebastian ficou com os cabelos empastados de sangue. Sentia-se sujo, não por isso, mas pelo horrível cheiro do ex-moribundo que agora o infectava. Tirou mais de cinquenta fotos do corpo e dos seus rasgos e foi embora.
A redação abriria em algumas horas e ele ainda tinha que tomar um longo e relaxante banho.
Paro novamente aqui, para esclarecer que nosso protagonista não é nenhum sádico, muito menos um total psicótico ou apenas mentalmente desequilibrado. Ele tem alguns esportes diferentes, digamos, uns hobbies excêntricos. O que não quer dizer que ele assassine pessoas toda noite. Longe do glamour de um serial killer, os acontecimentos dessa noite foram apenas um experimento, bastante doloroso e doloso. Sebastian sofrerá pela culpa, mas pretende tirar daí algum proveito.
Para tudo.
O sol entra de maneira irritante pelas frestas da veneziana. Sebastian O. acorda e imediatamente sente uma dor ardente em seus braços, onde se pode ver várias lacerações. A navalha, ensangüentada, jaz a poucos centímetros. É a primeira vez que seus experimentos com enteógenos o levam a auto-multilação, não tem problema, pensa. Tira algumas fotos? desfocadas, escondendo a cara. Talvez possa vender pro jornal sensacionalista e popular, mas pra isso terá de ivnentar alguma boa história. Está sem saco, a viagem anti-colinérgica foi barra-pesada.
Como não tem que trabalhar hoje mesmo, toma um pouco de sua endorfina exógena e passa o dia sonhando, vivendo, live-dreaming, em fim: um merecido descanço após uma noite agitada.
pedro s.